segunda-feira, dezembro 08, 2008

Gentileza que não gera gentileza

Enquanto lia poesia para apaziguar a alma cansada, senti uma pressão quase moral quando cedi lugar à uma senhora no banco do ônibus. Esperei ao menos um muito obrigado. Este não veio.
Não era uma cara de azeda, nem de zangada, mas não era uma expressão de felicidade, de paz! Se fala muito nos cara pálidas que não conhecem ou fazem questão de ignorar gestos gentis para com algumas pessoas. Detesto esta coisa de mais vivido, mais velho.

Acho que pesa quando se atravessa a linha do lado de lá e que não tem volta pra lado de cá. Isto poderia ser traduzido entre dizer que fazer 15, 18 anos, é diferente de fazer 20, 25, mas é muito mais gritante quando se atravessa a linha dos 30.

Depois da última consulta à gineco, fiquei mais tranquila quanto à estes surtos de mal humor, de nervosismo que quase me faz subir pelas paredes. Já tinha ate um tempinho que não tinha isto, mas hoje estou quase subindo pelas paredes novamente... :(

Tenho muito receio do que vem pela frente, pois o histórico na família não é nada tranquilo para esta transição.

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