sábado, dezembro 13, 2008

Velório. É muito ruim a sensação da perda! Aliás, horrível. Nos poucos momentos que lá estive, ficou a imagem do relógio antigo na parede. Este relógio quando me foi apresentado o seu dono, ficou como uma espécie de associação. Quando alguém falava naquele que ali jazia, mas em vida, eu lembrava do relógio...

É muito fácil dar pitaco, quando a dor da perda não é a própria, mas porque o choro sofrido de hoje, ressoava como sinos de catedrais na minha cabeça? O pensamento que zunia e zune ainda, é que o choro humano as vezes parece uma elegia ao sofrimento.

Porque lamentar tanto, a ida de um corpo preso aos sofrimentos da carne? Será que quem foi não estaria mais feliz liberto do sofrimento?


Não sei qual celebridade disse, acho que foi Einstein, que o importante não são as respostas e sim as perguntas.

Não sinto culpa por parecer um arsenal de perguntas. Me sinto viva e útil quando pergunto. Foi bastante tempo pra aprender a conviver com este dom, neste mundinho medíocre,sem me sentir uma excluída, anormal e muito menos superior.

A minha cabeça dói e não quero continuar perguntando coisas que não temos respostas...

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